segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Segunda Reunião da Rede Museus,Memória e movimentos sociais

Mario Chagas – Coordenador Técnico do DEMU - Estamos aqui hoje na mesa com Cícero Almeida do DEMU e Adolfo Samyn, que é presidente da ABM. Nós fizemos uma memória da reunião passada, vocês podem dar uma olhada para ter idéia do que aconteceu, é claro que o processo foi realizado sem gravador, portanto é só um registro que dê conta do que aconteceu.

Na reunião de hoje nós pensamos em começar pela proposta do Museu da Maré. Quando eles chegarem, terão alguns minutos para apresentar. Alem disso pretendemos avançar em alguns pontos:

Pensamos em uma formação para as pessoas que trabalham com movimentos sociais. Não se trata de uma formação acadêmica, mas sim de oficinas, cursos, etc. Um trabalho que aproxime Ministério da Cultura - MinC, a universidade, os movimentos sociais, sempre buscando pessoas que possam facilitar a realização dessas oficinas. Então hoje a pauta é: Ouvir a maré, discutir a questão da capacitação, e que também tenhamos um espaço de reflexão sobre o que estamos realizando, e posteriormente pensar em um seminário, além do que foi previsto na reunião anterior, a troca de experiências entre as pessoas.

Iniciamos então as apresentações:

Marisa Rosário – Duque da Caxias

Cecília coelho –

Isaias Bruno - Presidente da Associação de Moradores do Morro da Babilônia no Leme e professor do Ensino Fundamental

Ana Araújo- jornalista do Viva Rio, tem um site Viva Favela que fala sobre comunidade

Joana – Pesquisadora do Museu Casa do Pontal

Joana - Produção cultural e desenvolvimento institucional

Gabriela – Programação visual e artista plástica

Fabiano – D.A. de museologia

Adolfo - ABM

Luiz Antonio - Museu da Maré, formado em história

Claudia – Museu da Maré e professora de história

Nira - COB

Fernanda - Revista Bienarte

Cristina Arruda - Professora de jornalismo da Faculdade Helio Alonso e Mestre pelo Mestrado em Memória Social e Documento Unirio

Tânia Amaro - Diretora do Instituto de História de Duque de Caxias, Centro de Referência de Historia da Baixada Fluminense

Antonio Augusto Brás - Associação de Amigos e Núcleo Histórico de Duque de Caxias

Ana Paula - Casarão Cultural dos Prazeres - ele é um casarão que já foi várias coisas, estava em ruínas e a pedido dos moradores dos Prazeres, foi revitalizado e hoje em dia tem aulas de artes, entre outras oficinas

Marlucia - do Centro de Referencia de Duque de Caxias e Professora de História e pesquisadora sobra temas da Baixada Fluminense

Márcia - Centro de Pesquisa Memória e Historia de Duque de Caxias

Marina - Arquiteta do DEMU

Cícero - Museólogo do DEMU e professor da Unirio

fim da apresentação

Mario Chagas - passamos agora à apresentação de experiência da maré.

Antes disso tenho uma proposta: Nós fomos a Petrópolis, e tivemos um encontro com o governador Sergio Cabral, e mencionamos essa reunião. Aquele foi um encontro tranqüilo e pudemos relatar algumas experiências. O curioso foi a reação do governador. Ele solicitou uma agenda com as comunidades, ele quer encontrar as comunidades, pensamos em construir uma agenda para maio ou para junho, para que ocorram visitas às comunidades, a algumas articulações podem surgir daí. Ele sinalizou que gostaria de fazer esse roteiro e nós podemos auxiliar. Se houver sensibilização para esse trabalho, pra nós é o que interessa. Se ele quiser se aliar a esse projeto, pra nós não tem problema, poderá ser bom.


APRESENTAÇÃO DO MUSEU DA MARÉ


Mario Chagas - Depois da apresentação da Maré, algumas considerações:

O museu da maré não é um museu histórico, não tem essas configurações. O acervo é interessante porque quer contar uma história, eles procuraram em arquivos, e solicitaram a participação dos moradores.

Acho que ficou clara a possibilidade de intercâmbio, eles podem receber e enviar exposições, trocar experiências e serviços, de exposição por exemplo. O museu do pontal vai receber a exposição da Maré. O MNBA também, a Babilônia também poderia fazer, isso estimula o debate. Eles não mostraram, mas quando o Museu foi inaugurado, o pior preconceito foi visto. Os jornais falavam que estavam glamurizando os traficantes, que era coisa do PT, que estava incentivando as favelas. E não tinha nada a ver com PT. Tem o apoio do MinC sim, mas aconteceria de qualquer forma, independente do governo. Hoje em dia o Museu esta aí.

Bom, podemos ver quem se dispõe a participar da formação, quem quer receber, quem quer ministrar, receber oficinas, os grupos podem intercambiar as propostas, os representantes da unirio, e outras pessoas, a Marcele que está chegando da Rede de Educadores de Museus, o Luiz Antonio da ABM, o Julio Mourão da Funarte, Marco Andrade que é musico do Panela de Pressão e poeta, o pessoal do Museu da Pessoa.

A idéia é falar que cursos e oficinas podem ser dados, depois o seminário e as parcerias.


-quem???? - No ano passado nós fizemos uma proposta de curso pra Caxias, o pessoal da Favela Hype, e a gente pensou em fazer um curso, nós temos o espaço físico, elaboração de projetos, organização de exposição.

Joana - No pontal nos dias 13 e 14 de abril, nós teremos seminários sobre o tema “Histórias do Cotidiano”, voltada para educadores. Em junho tem “A arte Popular e Universos Populares”. A gente vai lançar um caderno de restauro em arte popular. Não é exatamente um manual, mas é a nossa experiência, e esse caderno poderia gerar outras atividades. Ele será lançado em agosto e distribuído parceria com a Unesco,

Mário Chagas – mesmo quando o museu é criado sem acervo, o acervo vem com o tempo. E o que fazer com isso? É uma questão prática.

Joana – as pessoas tem desejos, idéias, mas falta pessoas com perfil que tenham acesso aos mecanismos de fomento, etc. Por isso a idéia de um curo sobre elaboração de projetos. Posso me dispor a dar a oficina de projetos. Enquanto demanda, a gente pensa muito na área da comunicação, e trabalhamos com as comunidades perto, com mamulengos, música, e a gente quer aprender mais sobre suporte digital.

Mario – o Pontal disponibiliza os seminários que já acontecerão, é só agendar os grupos. A partir de setembro, alem do caderno de conservação, poderiam ser ministradas oficinas nesse sentido, e também oficina de elaboração de projetos. E gostariam de uma palestra ou oficina de comunicação digital.

Álvaro Maciel - Nós fazemos parte de um projeto, a Benedita inclusive fez um trabalho lá, dona Agostinha disponibiliza um galpão. Nossa dificuldade é essa nova tecnologia museal, porque a preservação da memória tem que ser praticada cotidianamente, tudo foi feito no braço, sem projeto e sem verba. O jovem é voluntário e acaba indo embora, e a gente fica com projetos, mas sem pessoas pra trabalhar. Tem uma rádio comunitária, uma rede de computadores, mas é difícil sem um projeto que banque. Para mobilizar a comunidade, seria legal ter cursos e palestras.

Presidente - parabeniza o trabalho da Maré, e tem afinidades, a gente construiu o jornal a voz da comunidade, mas são projetos isolados e a historia está lá, é preciso desenvolver. A gente precisa de ajuda. Nós temos o espaço e poderíamos receber cursos. O prédio esta lá. Tanto para área de memória e museu como também na capacitação do jovem interessado, para que ele possa desenvolver esse trabalho. Estamos abertos a receber, tem que pegar as lideranças e levar lá.

Gabriela Bota a Cara / UNE – nós temos um grupo de trabalho que oferece oficina de grafite – bota a cara – também de programação visual, etc.

Antonio Augusto – a luta é pela defesa do patrimônio, e por conta disso tem um congresso regional de professores e pesquisadores da baixada. O grupo discute as políticas de proteção do patrimônio , historia, memória, fazemos um convite direto a vocês. Nós temos os trabalhos de campo, e vamos a vários lugares da baixada dependendo do interesse do estudo. Se a gente arruma uma condução, a gente pode ir às comunidades, montamos um roteiro de atividades.

Marlucia Museu Vivo - Nós temos alguns roteiros, para discutir meio ambiente, ou sambaqui, patrimônio tombado, favela, etc. roteiro do museu vivo de xerém e museu vivo de são bento. Nós também fazemos pegando os caminhos do ouro, que tem vestígios do período colonial e desperta interesse na preservação desse patrimônio.

Vamos organizar uma ida, escolher a data, conseguir o ônibus, e fazemos esse roteiro

Marlucia - Temos 200 professores fazendo curso.

Joana – seria legal fazer seminário, juntar isso em um seminário itinerante,e cada comunidade receberia uma parte do seminário.

Mario – a idéia das visitas, pode ser assim. A próxima reunião poderia ser em outro lugar, temos só que estudar as viabilidades. O seminário ambulante é legal

Cuca –o movimento de memória do movimento estudantil, e agora cm o cuca, já temos a preocupação com o acervo, e agora vi sair a exposição, a nossa experiência ainda é muito embrionária, a gente quer aprender, com as outras experiências, tudo que é relacionado com projetos,... o que temos pra oferecer nós temos técnica de montagem de espetáculos, uma oficina bem pratica, de montagem de exposição.
Nira – no outro encontro eu falei da visita ao pavãozinho, nós levamos a exposição de fotos e atletas, e ex-atletas, foi muito legal. Quando acabou, a Alessandra de Guaxindiba falou que pediu para as crianças desenharem uma praça ideal, e todas desenharam algo com esporte. Ai nós pensamos em levar uma exposição que fale dos valores olímpicos, a maioria dos atletas e o publico são de comunidades, depois dos jogos eu me comprometo em realizar algo desse tipo. Agora eu estou enrolada com o PAN

Cecília a de Caxias – temos 15 anos, trabalhamos sempre por conta própria, e difícil,mas temos avançado. Nós trabalhamos com exposições e temos dificuldades técnicas. Trabalhamos também com a questão acadêmica, de formar professores. Outro ponto e o ensino de historia, aconteceu em Seropédica, do congresso foi tirado o tema baixada fluminense comunidade e cultura. Por exemplo. E historias da baixada, tem patrimônio, te grupos de capoeira, bumba meu boi, e sempre muito pesado, de varias universidades publicas e particulares, o necessário pra nos e sabe fazer projetos e mudar a cara das nossas exposições. também alguém para cuidar do acervo.
Mário – essa ida a Caxias poderia ser para maio. É um mês delicado, mas se possível poderia ser na semana dos museus, mas como muitas pessoas viajam, pode ser que fique difícil. O Cícero fica responsável por isso. Nos faríamos uma oficina em Caxias, com 1 ou 2 pessoas para elaboração de projetos. Temos muita gente q trabalha com isso, uma oficina pratica, formulário, orçamento, etc. isso seria para junho. Iniciamos com essa e depois vamos crescendo. O museu da pessoa podia tentar suprir essa demanda de comunicação digital.

Márcia - Cento de memória e historia da educação gostaria de sugerir um adendo de como montar exposições permanente.
Museu da pessoa –museu virtual de historia de vida, já e uma rede internacional, mas surgiu no Brasil. Memórias temáticas de imigrantes, tem projetos q a gente faz a pesquisa, com historia ora. Brasil memória em rede. Essa metodologia de memória oral, no mp, esta disponível na Internet, tem guias no site, de projetos em comunidades, Brasil memória em rede, desde 2004 uma rede de memória enquanto instrumento de desenvolvimento, memória da educação, instituição, etc. tem uma iniciativa edição do redescobrimento, a idéia e que se faca uma expedição a outras comunidades. E uma expedição que facão trocas de experiências, um fórum, que toque. – Brasil memória em rede – e legal de todos participarem, juntar as duas redes.

Marta – eu represento os alunos de museologia e sugiro que nos podemos contribuir na questão técnica, acho q muitos alunos se interessariam.

Com relação a comunicação digital, tem um projeto no chapéu mangueira, registra depoimentos orais dos moradores, e isso fica guardado. Eu trouxe um projeto de audiovisual dentro do Chapéu Mangueira que seria interessante. O mec também oferece oficinas um radio comunitária, a facha e onde se oferece as oficinas em época de férias – botafogo – eu enquanto pessoa tenho uma disciplina de documentação, de construção de documentos, metodologia, eu me ofereço, se você precisa de alguém que fale de documento inclusive audiovisual.


1 – organizar a visita em Caxias, em maio ou não

2 – organizar também em Caxias oficina de elaboração de projetos para junho

3 – conversar sobre comunicação com o Adolfo

4 – no 2 semestre um debate amplo sobre esse tema mm sociais, nos seriamos participantes e chamaríamos outras pessoas. Tem q ver a agenda, depois de setembro.

5 - o grupos

6- a agenda futura

Finalização
Precisamos verificar a agenda

Na ultima reunião foi informado – será lançado um edital especifico para pontos de cultura que trabalhem com memória. Pontos de cultura / demu. Possivelmente em maio ou junho. E uma área q o ministério percebeu que e uma iniciativa que deu certo.

A agenda nos vamos construir com o governador visitando as comunidades.

Agora vamos ao seminário e na agenda futura.

Adolfo – ABM – nós temos interesse em movimentos sociais, Waldemir, Rita, Luiz Antonio, etc. nos temos 5 membros da chapa que se candidata na próxima eleição. Nos acreditamos na apropriação da museologia como movimento. A ABM pode contribuir, e incorporar a rede ao sistema que já temos, nos cursos a gente tem perspectiva de criar cursos que atendam a necessidade particular de cada um dos espaços. Percebemos que tem uma concentração do rio de grande rio, e precisamos ampliar para outros lugares. A ABM se compromete a atender essa demanda de cursos, e todos podem se associar. Já temos um programa de cursos.



Seminário –

Fabiano – divulgar a oficina dia 28, 29 30 sobre museu memória e cidadania, podem se inscrever pelo e-mail.



Marcele – rede de educadores de museus- 70 profissionais e 24 instituições estamos abertos para contatos, e importante congregar a rede, nos temos profissionais que podem oferecer cursos, temos seminários para agosto, e o primeiro encontro da rede ,obj e tentar encontrar no interior, reunir os profissionais 20 e 30 de agosto, terão palestras, etc. a pagina vai ser lançada no dia. Os encontros mensais, e podemos contribuir na organização de vocês, nos temos uma trajetória com relação a rede. A estrutura já esta montada –REM – rede educadores de museus – retoma antigas iniciativas, agora se consolidou, ela coordena, reúne educadores de museus de vários lugares, fez trabalho de discussão de textos, e agora estão partindo para seminário, boa parte são professores, e eles são o publico



Marisa Caxias –sambaquis em Caxias q foram descobertos, a obra da washinton Luiz passou por cima e tem um são bento, nos pedimos para o governo, mas nada foi feito, estava abandonado, agora com esse curso que estamos fazendo sobra a historia de Caxias. Nos fomos lá e ficamos assustados com a destruição, tem vários barracos, um senhor esta loteando o terreno, esta sendo destruído. A idéia cada loja e 7 mil. Estamos querendo juntar o dinheiro para comprar os terrenos. A idéia e comprar e depois convidar os índios de Angra dos Reis para fazer uma oca para exposição, e chamar os arqueólogos para ir para lá. Estamos entregando um documento para entidades, buscando apoio.



Cícero – pensar para breve essa oficina sobre elaboração de projetos, e m demanda urgente

Mônica – cursos voltados especificamente para esse edital de memória dos pontos de cultura.

Cícero – não esta democratizado, alem dos projetos contemplados estarem do eixo rio são Paulo, se estabeleceu uma cadeia de profissionais de elaboração de projetos, e a lei rouanet acabou sendo usada como ferramenta das grandes empresas, os editais acabam suprindo a necessidade do local.

Mario – esses projetos não são divulgados. Os pontos de cultura ate q foram um pouco divulgado. Mas existe o casa Brasil do ministério de ciência e tecnologia que e o mesmo sistema dos pontos de cultura, tem que passar por ciência e tecnologia. Mas eles passam pelas ciências sociais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário